acordo passando a ponta dos dedos no meu próprio corpo olhando e sentindo o toque do meu próprio toque sou ser que pensa a si pensando em outro corpo vou lembrando dos momentos de intensidade de sentir tua quentura e presença como eu gosto da tua quentura e presença aquela tua chegada nãoContinuarContinuar lendo “Quis, queria.”
Arquivos da categoria: tato, olfato, visão.
Forte e delicioso
Tomo o cafezinho forte e delicioso às três da tarde com chocolate
Confissões expiradas, nº 3 – Preto não é ausência.
Hoje eu quis vestir preto por baixo e sair contigo pela noite, depois de sentir as mãos e os desejos, fazer brotar novos, ter mais uns outros, te sentir diferente e também muito bom. Preto por baixo e algum vestido mais ou menos discreto, nunca discreto demais, botar um cheirinho no corpo e sair porContinuarContinuar lendo “Confissões expiradas, nº 3 – Preto não é ausência.”
Dramalhão que faço sempre quando
Samba pras moças
Aquilo que se sabe, mas não se vê. A saliva represada na boca o toque querendo a realização macio que deseja seu igual – que só pode ser o outro – momento por si infinito olhar os olhos ver o riso saltitante os movimentos ululantes querer pra sempre só ali, só agora não pararContinuarContinuar lendo “Samba pras moças”
Tu sí sabes
sobre saltos
parada, penso e me escorrem os líquidos: o suor que tenta refrescar a minha pele a saliva que salta de desejo da língua ao lábio da boca aos mamilos saltando de desejo em desejo até salta-me o líquido sobre os pêlos salto-me, estirada me esticando relutante do meu corpo à bela vista dos nossos cheirosContinuarContinuar lendo “sobre saltos”
vara-peito
Todos os dias com as pontas dos dedos te busco em detalhes. O tato os dentes que com delicadeza [toda delicadeza, tua delicadeza, nossa delicadeza por mim passa sentindo os picos Aproveito agora do calor do ainda da quentura que o corpo devolve para dizer do tesão vindo dos tutanos — bem maisContinuarContinuar lendo “vara-peito”
aos fins e aos meios
pelo meio da multidão as cores e os rostos se misturam, num imenso borrão aleatório, invisível, que não apresenta nada, não diz nada, é esconderijo e cela para os passantes e para os que não passam: ficam como as coisas que ninguém mexe, ninguém toca, ninguém limpa. tudo o que é dito se desmancha noContinuarContinuar lendo “aos fins e aos meios”
Comendo mel me lembro de como quero a boca doce, macia percorrendo-me os lábios entrando sabendo por onde vai conhecendo os espaços galgando com os lábios o que não pode ser domínio Comendo mel me lembro das preferências devagar, mais do que forte de levinho sem pressa